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O Presidente da República declara que está pobre, imagina o resto da população

Presidente citou a ex-primeira-ministra do Reino Unido Margareth Thatcher. Ao falar sobre recessão, perguntou: ‘qual governante não gosta de gastar?’. aqui

O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira (29) que o país enfrenta uma “grande recessão” e que, por isso, é necessário tomar medidas para reajustar as contas públicas e retomar o crescimento econômico.

Ao falar sobre o momento atual do Brasil, o presidente brincou e disse que gostaria de ter a “burra cheia” de dinheiro para investir em programas de governo. Temer participou nesta terça de evento sobre governança pública no Tribunal de Contas da União (TCU).

“Não existe isso. O dinheiro é um só. Todo e qualquer programa precisa ser um programa muito bem ajustado e precisa ser ajustado à realidade histórica e política que o país enfrenta. […]

Qual é o governante que não gosta de gastar? Eu gostaria, como presidente da República, de ter a burra cheia e distribuir.”

Presidente Michel Temer

“Qual é o governante que não gosta de gastar? Eu gostaria, como presidente da República, de ter a burra cheia e distribuir, ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles. Ministro Meirelles não gostaria muito, mas eu gostaria. Eu gostaria de poder dizer: ‘Olha, agora tem o programa tal, tal e tal’. Mas isso não é possível. Isso se faz com a chamada responsabilidade fiscal”, disse.

Também estiveram presentes na cerimônia o presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL), o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Bruno Araújo (Cidades),Mendonça Filho (Educação) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), além do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e um dos ministros da Corte, Augusto Nardes.

Durante o discurso, Michel Temer citou a ex-primeira-ministra do Reino Unido Margareth Thatcher. A ex-primeira-ministra britânica, que governou o Reino Unido entre 1979 e 1990, conduziu a primeira grande experiência de reforma estatal moderna, que, posteriormente, se tornou alvo de muitas críticas por ser extremamente focado no corte de custos e pessoal.

Ele disse ter visto um vídeo no qual Thatcher afirmava que não existe um dinheiro do setor público e um dinheiro do setor privado.

“Não existe isso. O dinheiro é um só. Todo e qualquer programa precisa ser um programa muito bem ajustado e precisa ser ajustado à realidade histórica e política que o país enfrenta. […] Se você não tomar medidas que muitas vezes possam surpreender, não teremos uma boa governança”, disse o presidente, ao falar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos da União pelos próximos 20 anos.

A previsão é de que a PEC do teto de gastos seja votada em primeiro turno nesta terça noSenado.

“Por isso que estamos trabalhando nessa direção [de conter os gastos públicos] para garantir o futuro do país. Porque se não fizermos isto, e isso tem sido revelado ao longo do tempo, se não fizermos isso, em 2024 o país vai à falência, como tem acontecido lamentavelmente com alguns estados brasileiros, que estão sofrendo as consequências da não adequação das contas públicas, a não tomada de providências que previnam o futuro”, afirmou o presidente.

“Quer dizer, você desfruta agora, você e aqueles que estão ao seu lado, a classe política etc, e o futuro que se dane. Aí não é possível. Não vamos tolerar isto e, por mais que possam criticar, nós não estamos preocupados com isso”, concluiu Temer.

Chapecoense
Antes do evento no TCU, os convidados fizeram um minuto de silêncio em respeito às vítimas do acidente aéreo que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia. O time de Santa Catarina disputaria nesta quarta (30) a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín.

No evento, Temer lamentou o acidente e disse que o governo tomou as providências possíveis para dar apoio às famílias das vítimas. O presidente decretou luto oficial de três dias no país.

“Logo cedo, de manhã, ficamos sabendo e foi um fato tristíssimo. O governo tomou providências para dar apoio às famílias que enlutaram neste momento. A Aeronáutica colocou aviões à disposição. O Itamaraty também entrou em ação. Quero muito tristemente lamentar mais uma vez, incorporando-me ao minuto de silencio que foi feito nesta reunião”, afirmou.

TCU
O TCU entregou o prêmio Mérito Brasil de Governança e Gestão Públicas para seis órgãos públicos e cinco municípios com as melhores práticas de liderança, estratégia e controle.

No quesito liderança ganharam o prêmio o Departamento de Engenharia e Construção do Exército e o Hospital da Clínicas de Porto Alegre. Na área de controle foram premiados o Banco Central do Brasil e Banco do Nordeste e na área de estratégia receberam o prêmio o Ministério da Educação e a Caixa Econômica Federal.

O evento também premiou a administração de cinco municípios, um de cada região: Araguaína (TO), Fortaleza (CE), Nova Andradina (MS), São José do Rio Preto (SP) e Araranguá (SC). Segundo o TCU, o prêmio foi dado pela “efetividade dos serviços oferecidos à população”.

Ao abrir o evento, o presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, destacou a importância do controle externo para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos cidadão. O ministro mencionou ainda o papel da população e lembrou os protestos ocorridos no país em 2013.

“Esse gigante que acordou em 2013 não voltou e não voltará a dormir. Deixou os cartazes de lado e pegou os celulares e quer cada vez mais participar, justificando suas reclamações através das redes sociais”, afirmou.

(Via Redação)

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