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Lewandowski é questionado em sala de aula por aluno revoltado com privilégios de juízes

Lewandowski é questionado em sala de aula por aluno revoltado com privilégios de juízes

Lewandowski é questionado aqui

Um cena de debate tomou conta de uma sala de aula onde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo

Lewandowski, leciona. Um aluno mostrou grande indignação com os privilégios do Judiciário e comparou as regalias

Lewandowski é questionado em sala de aula por aluno revoltado com privilégios de juízes

dadas aos juízes com as péssimas condições em que vive na Casa do Estudante, no alojamento da Faculdade de

Direito da USP. O aluno sugeriu que o ministro da Corte desse o dinheiro de seu auxílio-moradia para as reformas no

prédio. Além disso, ressaltou que o ministro deveria compreender que ali não estudam apenas filhos de juízes, mas

também filhos de empregadas e porteiros.

De acordo com as informações publicadas pela Folha de São Paulo, o aluno pediu a palavra

ao ministro  para anunciar a criação de um fundo que possa ajudar os alunos que possuem péssimas

condições financeiras e precisam de um lugar para morar enquanto estudam.

Aproveitando do espaço dado pelo ministro, o aluno criticou duramente as regalias dadas ao Judiciário e frisou a sua

indignação com o auxílio-moradia recebido pelos magistrados .

Segundo o jovem, um mês de auxílio-moradia de um juiz, cerca de R$ 4,377 é suficiente para bancar a bolsa de dez

alunos pobres da faculdade. Ele pediu para Lewandowski convencer os colegas de tribunal a doarem seus auxílios

para o bem desses alunos pobres.

Resposta do ministro

Sem interromper o aluno e esperando que ele falasse tudo o que tinha em mente, Lewandowski explicou que os

ministros da Corte não recebem auxílio-moradia. Ele detalhou todo os benefícios que ganha. Primeiro, falou do seu

salário de cerca de R$ 33 mil que está defasado e que recebe algumas compensações por viagens. Vale ressaltar que

Lewandowski votou para que se tenha um reajuste no salário do Judiciário, passando para cerca de R$ 39 mil.

Cármen Lúcia foi contra esse aumento ao analisar a crise de desemprego que assola o país. Ela chegou a dizer que

não queria estar ao lado dos vencedores, pois sabe que esse caminho não é o correto no momento.

Cármen Lúcia

A presidenta da Corte chegou a ser mencionada em conversas com ministros que sugeriram que ela dispensasse o

seu reajuste. Eles ficaram irritados com suas manifestações contrárias ao aumento. Em uma entrevista ao Jornal O

Globo, nestte sábado (08), a ministra lamentou a decisão da Corte. Ela ressaltou os tempos de crises vividos pelo

país e disse que para vencermos essas dificuldades deve existir um sacrifício de todas as partes. Além disso, ela se

mostrou contra o auxílio-moradia.

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