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O primeiro amor do seu filho (a) chegou…E agora? – Pensa Brasil – Conectado com você

Desde os primeiros anos de infância, as crianças aprendem a se relacionarem com os colegas da escola e, muitas vezes, elegem algum como melhor amigo, o que pode evoluir para o famoso “namoradinho” ainda nos anos primários.

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“Essa é uma atitude muito comum e deve ser encarada de maneira natural pelos pais, pois é um primeiro contato com os sentimentos amorosos, ainda de forma bastante sutil e ingênua”, aponta o psicoterapeuta Leonardo Fd Araújo, autor do site Um Psicólogo em Curitiba.Esse “ensaio” para os futuros relacionamentos é saudável e não deve ser censurado pelos pais, uma vez que geralmente acaba de maneira tranquila.

Para a psicóloga Luciana Kotaka, o modelo dos pais serve de base para esses primeiros amores. “Os pequenos acabam imitando os comportamentos dos adultos, então eles também querem viver o amor que os pais vivem. É importante estar atento a este exemplo que eles recebem dentro de casa, faz parte do amadurecimento”, aponta.

Com o passar dos anos, os sentimentos mudam, a relação com os colegas do sexo oposto fica mais intensa, o que exige ainda mais atenção dos pais. “Na quarta série, com 10 anos, minha filha contou que gostava de um colega, mas não conseguia explicar como nem por quê. Era mais uma ansiedade em estar perto dele. Foi aí que começamos um diálogo aberto para a descoberta dos sentimentos dela”, conta a publicitária Camila Send, de 33 anos, autora do blog Adolescência Cotidiana e mãe de Letícia, hoje com 16 anos.

Autoestima
É nesta fase, entre os 10 e 15 anos, que se torna comum surgirem as paixões platônicas, seja por um professor ou por um colega mais velho. “Também é nesse momento que os adolescentes experimentam as transformações do corpo e, geralmente, eles não se sentem muito atraentes. É importante que os pais trabalhem a autoestima dos filhos e estejam preparados para as frustrações que podem acontecer”, conta Luciana. A psicóloga reforça ainda que nunca se deve menosprezar os sentimentos dos filhos. O melhor é sempre acolher e conversar para buscar o entendimento.

Quando o romance passa para a vida real, geralmente, com os primeiros beijos, pode ser um choque para os pais. “Precisei lidar com a surpresa e puxar conversa. Perguntei com quem foi, se ela tinha gostado e o que imaginava que aconteceria. Dessa maneira, com o meu interesse, minha filha foi se abrindo de um jeito natural”, conta Camila.

A mãe ainda observa algumas situações que impedem esse diálogo dentro de casa. “Alguns pais não dão nenhuma brecha e deixam o filho sem saber o que podem e o que não podem fazer. Outros proíbem os namoros e dizem que a prioridade deve ser os estudos. Um terceiro tipo ainda evita a conversa, deixando apenas para os amigos esse tipo de assunto. São situações delicadas que os pais precisam rever”.

Para a jovem Mariana Roloff, de 16 anos, que está vivendo seu primeiro romance, os limites são naturais e tudo deve ser vivido de maneira tranquila. “Nós dois estamos numa fase de muitos estudos e somos muito dedicados. Então sabemos que não podemos ficar juntos o tempo todo. Assim, tentamos dividir nossa agenda para nos encontrarmos mais no fim de semana. Minha mãe confia em mim nesse sentido, então sempre conversamos abertamente”, conta a estudante do curso técnico em Meio Ambiente da UTFPR.

Luciana afirma que esse é um comportamento normal dos jovens, atualmente, que preferem se dedicar aos estudos. “Relacionamentos são complicados, eles entendem isso e, algumas vezes, adiam esse momento, esperando a hora certa para se dedicar a um parceiro”, explica.

FIQUE ATENTO

Alguns sinais podem indicar que o relacionamento amoroso do seu filho não está muito saudável. Preste atenção e procure dialogar:

  • Solamento
    Pode até parecer normal ficar horas trancado no quarto, mas muitas vezes esse comportamento extrapola a dedicação aos estudos. Se o adolescente não quer encontrar os amigos, ir a festas ou se recusa a sair de casa com a família pode ser um indicativo de que o romance pode não estar indo bem.
  • Agressividade
    Podem ser sinais de alerta: se o jovem demonstra agressividade nas conversas, se recusa a dialogar e não tem mais paciência para executar tarefas do dia a dia. Vale investigar se o relacionamento é saudável.
  • Afastamento
    Um dos primeiros sinais de início de namoro é deixar de fazer programas com os amigos. O jovem prefere fazer tudo sozinho ou só tem tempo para o romance. Explique que os amores podem ser passageiros e que é importante valorizar as amizades.
  • Namoro virtual
    Com tantos sites e aplicativos de relacionamento, o primeiro “namoro” pode ser on-line. Os pais devem conversar e aceitar esse tipo de relação também, ficando atentos às necessidades e frustrações dos filhos. Além disso, devem orientar para possíveis encontros reais.

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