18º Batalhão foi averiguar boatos de que dois corpos estariam no morro.
Protesto fechou a estrada do Cafundá, uma das principais vias da região.
Moradores do morro do Jordão, na Zona Oeste do Rio, faziam uma manifestação por volta das 18h15 deste sábado (12). A estrada do Cafundá, uma das principais vias da região, chegou a ficar fechada e barricadas com fogo foram erguidas pelos moradores e mototaxistas da região. O protesto acabou por volta das 19h10. aqui
Em nota, a Polícia Militar explicou que o comando do 18º BPM (Jacarepaguá) recebeu a denúncia de que dois corpos estavam no morro. Foram enviadas equipes para buscas na comunidade, mas nada foi encontrado. O policiamento está reforçado na região, segundo a PM, que afirma ainda que operações tem sido feitas na região quase diariamente
Renato Souza estava passando pelo local quando o protesto começou. Ele contou ao G1 que o clima era de tensão na região. “Eram barricadas de fogo e os moradores gritando”, explicou ele.
Aumento da violência
O RJTV exibiu neste sábado uma reportagem em que moradores da região reclamavam do aumento da violência. Eles dizem que são obrigados a conviver com “blitz de criminosos” e com constantes tiroteios.
De acordo com os moradores, a violência aumentou há cerca de um mês o local, desde que a comunidade virou território disputado por traficantes e milicianos.
Em um dos relatos, uma jovem busca notícias do primo que trabalha como mototaxista no Jordão e está desaparecido desde sexta-feira (11). Segundo ela, os mototaxistas foram chamados para uma conversa com traficantes.
Uma mulher de 64 anos, que preferiu não se identificar, contou que foi visitar uma amiga na comunidade na quarta feira (9). Ela disse que foi abordada por dois criminosos armados. “Eles me pararam e falaram ‘acende o salão’. Eu não sei o que é o salão, eu não conheço essa linguagem. Perguntaram ‘por que não entrou com pisca? O que veio fazer aqui?’. Eu disse que tinha ido visitar uma amiga e eles disseram que o Jordão é do morador e que não é pra vir aqui atrapalhar nosso serviço”, disse.
Ela disse ainda que eles revistaram o carro, pediram os documentos e que chegou a ser agredida porque demorou a sair do carro. A blitz aconteceu na Rua Jordão, que dá acesso à comunidade e é um lugar movimentado, com muito comércio.
“Eu saí do carro, peguei minha pasta de trabalho e como eu demorei a sair, me esbofetearam e o que colocou o fuzil na minha cara me deu dois tapas no rosto”, contou.
(G1)