É uma história que foi divulgada pela NBC de um homem chamado Pistorius (onde você já ouviu esse nome antes?). É uma incrível história de um menino que (então na idade de 12 anos entrou em coma) aqui
Eu espero que você morra”, foram palavras sussurradas em seu ouvido por sua própria mãe desesperada. Ela achava que estava sentada ao lado de uma casca de seu antigo filho, apenas um corpo sem sentimentos, pensamentos, ou esperança. No entanto, o que esta mãe não sabia era que seu filho ouvia cada palavra, sua mente estava viva e em pleno funcionamento, ele simplesmente não conseguia fazer seu corpo funcionar. O rapaz ficou preso dentro de seu próprio corpo, totalmente acordado no pensamento, mas incapaz de se comunicar.
Recentemente entrevistamos o homem que já foi aquele menino, ouvindo a sua própria mãe esperando desesperadamente que sua vida fosse acabar para que eles se livrassem desta tristeza. Martin Pistorius era um menino de 12 anos de idade, saudável, até que ficou doente com uma doença misteriosa. A doença fez Pistorius perder lentamente a capacidade de se mover, fazer contato visual, e falar. Depois que Martin não mais mostrava sinais de melhora ou de comunicação, o hospital disse a seus pais, Rodney e Joan Pistorius, que nada mais se poderia fazer. Ele era simplesmente um vegetal e que deveriam levá-lo para casa e tratar bem dele até que ele morresse.
Joan observa que, certamente, houve momentos difíceis ao cuidar de Martin. Ela se lembra vividamente do “Eu espero que você morra”, dito a seu filho.
No entanto, para a surpresa de seus pais, Martin não morreu. Seus pais iriam passar 12 anos cuidando de Martin. Essa era a rotina diária que a família iria viver nos próximos 12 anos de suas vidas.
O pai dele se levantava às 5 horas da manhã, o vestia, carregava ele no carro para levá-lo para o centro de cuidados especiais onde ele o deixava. “Oito horas depois, eu iria buscá-lo, banhá-lo, alimentá-lo, colocá-lo na cama, ajustava meu alarme para daí a duas horas e eu acordava para virá-lo para que ele não ficasse com escaras”, Rodney diz.
Joan observa que, certamente, houve momentos difíceis ao cuidar de Martin. Ela se lembra vividamente do “Eu espero que você morra”, dito a seu filho. A afirmação foi
feita por desespero de acordo com Joan. Ela diz que “era uma coisa horrível de se dizer”, mas ela “só queria um pouco de alívio.” Joan não tinha ideia de que seu filho estava vivo e bem, dentro de seu corpo que não respondia. Sua mente estava trabalhando em uma solidão inimaginável.
Martin diz que por volta de 14 anos de idade ou 15 anos, ele “acordou”. Embora ele não tenha lembranças dos primeiros anos de seu coma, ele relata que sua mente simplesmente acordou dois ou três anos após a doença inicial . Ele diz que era como se ele fosse “uma pessoa normal”, apenas não conseguia se comunicar com aqueles que o rodeavam. Ele podia ver, ouvir e entender tudo ao seu redor, ele simplesmente não conseguia fazer seu corpo responder.
Martin diz que sua vida era como a de um fantasma. Ele estava presente, mas ninguém podia realmente vê-lo, ninguém podia se comunicar com ele. Isso o deixava apenas com seus próprios pensamentos. Sua mente começou a destruí-lo. Ele dizia a si mesmo que ficaria preso para sempre em seu próprio corpo, ninguém seria capaz de amá-lo. Sua mente constantemente lhe dizia: “Você está condenado.”
Martin explica como ele inicialmente tentou abafar seus próprios pensamentos, tornar-se tranquilo novamente. Ele tentava remover todos os pensamentos de sua cabeça, desengatar-se da única companhia que ele tinha, ele mesmo.
“Você simplesmente só existe. É um lugar muito escuro porque, em certo sentido, você está permitindo-se desaparecer.”
No entanto, haviam algumas coisas na vida de Martin que ele simplesmente não conseguia aceitar. Ironicamente, uma dessas coisas era Barney, programa de televisão de crianças com o dinossauro roxo. Martin diz que “odiava ‘Barney’.” Martin ficava em frente de uma televisão por horas a fio em seu centro de cuidados especiais. Ele odiava o show tanto que ele decidiu tentar e se concentrar em outra coisa.
“Então, um dia, ele decidiu que tinha aguentado o suficiente. Ele queria ganhar alguma pequena medida de controle sobre o seu dia. Então, ele descobriu como saber as horas pela forma como o sol se movia em uma sala. Esse foi o início.”
Martin percebeu que havia aspectos de sua vida que ele podia controlar. Ele começou a analisar e compreender os pensamentos e as ações daqueles ao seu redor, mesmo aquele frio “Eu espero que você morra” dos lábios de sua mãe. À medida que Martin começou a se envolver com seus pensamentos, aprender e começar a viver novamente internamente, algo mais aconteceu. Seu corpo começou a se envolver com ele mais uma vez. Milagrosamente, o corpo de Martin acordou do coma, juntamente com sua mente.
Martin escreveu um livro chamado Ghost Boy: My Escape from a Life Locked Inside My Own Body, O Garoto Fantasma: Como escapei da vida presa no meu corpo, que narra as tentativas e tribulações enfrentados antes de acordar para sua nova vida. Hoje ele é casado, autor, e vive uma vida que, naquelas horas mais negras ele nunca achou que existiria.
(Via redação)