“Eu imaginei que isso tivesse sido sepultado em 1945 e vejo que ressurge aqui, nesta região agrícola do nosso país” afirmou advogado de Lula.
O advogado José Roberto Batochio protagonizou uma das cenas mais lamentáveis já vistas em tribunal desde o começo da Operação Lava Jato. Durante o depoimento do ex-senador Delcídio Amaral na noite de ontem, Batochio partiu para cima do juiz Sérgio Moro com acusações de que o juiz praticava perseguição política contra seu cliente, Acusando Moro de ser nazista, Batochio (que é paulista) ainda baixou o nível ao se referir à cidade de Curitiba (a capital do Paraná), como uma “área agrícola de nosso país”. aqui
Moro se irritou com os comentários, e repreendeu o advogado e a tentativa da defesa de tumultuar o processo. O site Antagonista obteve o trecho em que Batochio agride o juiz, que pode ser ouvido aqui.
A frase foi uma clara acusação contra o juiz, o chamando de nazista. Sérgio Moro precisa de nós. Não podemos baixar a guarda.
A intenção de Batochio era justamente provocar o juiz Moro afirmando que ele é autoritário. Para reforçar as agressões, ele apostou na estratégia de rotular Moro como um “caipira” ao afirmar que a capital do estado do Paraná é apenas uma “região agrícola”.
Como foi publicado aqui no Jornalivre, esse será o tom da defesa de Lula nas próximas fases da Lava Jato. Já cientes de que a condenação de seu cliente é fato consumado, os advogados irão partir para a baixaria, chicana e afronta aos membros da força-tarefa. No caso de Batochio por exemplo, uma agressão maior poderia motivar Moro a dar voz de prisão ao advogado, reforçando a narrativa de perseguição política e cerceamento de defesa.
(Via Redação)