…A presidente Dilma Rousseff defendeu neste sábado, em Nova York, uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. Brasil, Alemanha, Japão e Índia formam o chamado G-4, grupo criado justamente para pleitear mudanças no conselho. Atualmente, o órgão é composto de cinco países fixos — Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França e China — e de dez rotativos, que trocam a cada dois anos.
“Nós precisamos de um conselho que reflita adequadamente a nova correlação de forças mundial”, declarou a presidente, ao dizer que vai procurar apoio da Rússia e China, que têm assento no conselho, mas que são emergentes como o Brasil, para conseguir avançar na ampliação da representatividade do órgão. A presidente Dilma afirmou que existem “problemas graves” no Conselho e que o aniversário de 70 anos da Assembleia Geral da ONU é um “momento simbólico” para se conseguir reabrir esta discussão. aqui
Ao final do encontro, o G-4 divulgou um comunicado conjunto. O texto diz que os integrantes do grupo são candidatos legítimos a membros permanentes do conselho. Os líderes também se comprometem a trabalhar em parceria para uma reforma “rápida e significativa”.
Antes, a presidente não havia se furtado a fazer ironia sobre as especulações em torno de seu próprio impeachment. Dilma, que tem hábito de andar de bicicleta e semana passada amparou um ciclista caído, falou, em conversa com jornalistas depois de uma reunião com o presidente do Irã, Hassan Rohni: “Todos nós que podemos cair temos que ser solidários”. E completou: “No sentido amplo da palavra.” “Eu não vou cair”
Após participar de uma recepção oferecida pelo primeiro-ministro da Suécia, ela decidiu sair às compras. A escapada durou quase uma hora. Ao chegar ao hotel, dois garotos de 12 e 13 anos pediram para tirar selfies com ela e foram atendidos.
Refugiados – Na sexta, a presidente Dilma também havia elogiado a fala do Papa Francisco na ONU que também defendeu reformulação do órgão. Ela avisou que o Brasil está “de braços abertos” para receber refugiados. “O Brasil é um país de refugiados, Meu pai era refugiado da segunda guerra mundial”, comentou a presidente. “É importante que o Brasil não tenha uma política que seja xenófoba, que seja preconceituosa”, declarou.
(Com Estadão Conteúdo)