Filiado ao PMDB, ex-secretário Nacional de Juventude Bruno Júlio havia pedido demissão na sexta-feira
O secretário Nacional de Juventude Bruno Moreira Santos foi exonerado de seu cargo pelo presidente Michel Temer após dizer que o Brasil deveria ter uma chacina por semana. Com um decreto publicado no Diário Oficial de União o próprio secretário pediu para que fosse afastado de seu cargo. aqui
Entre muitas entrevistas Bruno citou sobre o massacre de Manaus e afirmou que morreram poucos e que deveriam ter mais massacres para que mais detentos fossem mortos, afinal são todos criminosos.
Confira a matéria que o site Veja fez sobre o acontecido:
Após repercussão negativa da declaração, o secretário divulgou nota sobre o assunto. “O que eu quis dizer era que, embora o presidiário também merecesse respeito e consideração, eu entendo que também temos que valorizar mais o combate à violência. Mecanismos que o Estado não tem conseguido colocar à disposição da população plenamente”, afirmou.
Na semana passada, Bruno Júlio criticou, em entrevistas, a repercussão dada ao massacre de presos no Amazonas e em Roraima e disse que “tinha que matar mais”, “tinha que ter uma chacina por semana”. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta segunda-feira que nem ele nem o presidente Temer concordam com as declarações do ex-secretário.
Bruno Júlio foi nomeado no ano passado por indicação da bancada mineira do PMDB. Presidente licenciado da Juventude Nacional do partido, ele é filho do deputado estadual mineiro Cabo Júlio, do PMDB.
À coluna do jornalista Ilimar Franco, publicada no site do jornal O Globo, Bruno Júlio disse que “tinha era que matar mais” e que “tinha de ter uma chacina por semana”. “Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”, afirmou.
Após repercussão negativa da declaração, o secretário divulgou nota sobre o assunto. “O que eu quis dizer era que, embora o presidiário também merecesse respeito e consideração, eu entendo que também temos que valorizar mais o combate à violência. Mecanismos que o Estado não tem conseguido colocar à disposição da população plenamente”, afirmou.
E em seguida completou: “Sou filho de policial e entendo o dilema diário de todas as famílias. Quando meu pai saía de casa, vivíamos a incerteza de saber se ele iria voltar, em razão do crescimento da violência”.
Para o Palácio do Planalto, a declaração do secretário foi “infeliz”, uma “tragédia”. O governo agiu rápido para evitar uma nova crise e costurou a saída do secretário. Na noite de sexta-feira, o Planalto anunciou que havia aceitado o pedido de demissão de Bruno Júlio.
(Via Agência de Notícias e Veja)