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Mercado é atacado na Alemanha na noite desta segunda-feira, veja…

“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”

O ataque ao mercado de Natal em Berlim, na Alemanha, na noite desta segunda-feira deixou ao menos doze mortos e 48 feridos na praça Breitscheidplatz, bairro de Charlottenburg. O brasileiro Inacio Guerberoff Lanari Bo mora a três quadras do local do acidente e disse, em entrevista que “não ouviu barulhos nem movimentação na rua” na hora do ataque, por volta das 20h40 locais. “Ouvi uns barulhos na rua, mas não daria pra diferenciar de um dia normal. Curiosamente, eu tive que ligar a CNN aqui pra ver a reação imediata ao ataque”, relatou o economista e professor. aqui

De acordo com o brasileiro, que vive na Alemanha há 2 anos e meio e frequenta o mercado de Natal, a feira estava montada em um quarteirão entre duas avenidas de médio porte, pelas quais o acesso de carros era livre, ou seja, poderiam transitar caminhões ou veículos de grande porte. As barraquinhas de comércio, porém, estavam em um nível superior ao da rua, de maneira que o público também permanecia em uma altura mais alta que a dos carros do tráfego local.

Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.

“Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.

“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”, disse. “Mas aqui na Alemanha, diferentemente dos Estados Unidos, as pessoas enfatizam mais a liberdade deles fazerem o que querem ao invés de restringirem suas vontades em nome da segurança. Eu nunca presenciei ou ouvi alguém na Alemanha falando em mudar o que iria fazer por medo de atentado”, relatou o brasileiro, que também estava em Boston no atentado à maratona.

Autoria indefinida — O mercado de Natal deste ano começou há cerca de um mês em Berlim, assim como em outras cidades europeias. No dia 21 de novembro, as autoridades da França anunciaram a prisão de um grupo de sete pessoas suspeitas de planejarem atentados contra mercados de Natal de Estrasburgo e de Marselha.

Apesar de especulações de que o ataque em Berlim teria autoria do grupo extremista Estado Islâmico ou que seria obra de um lobo solitário com ligação terrorista, as autoridades evitam lançar acusações precipitadas. Nenhum grupo assumiu publicamente e oficialmente alguma relação com o incidente em Berlim até o momento. Sabe-se apenas que a placa do caminhão era da Polônia e que a empresa responsável pelo veículo havia perdido o contato com o motorista.

(Via Redação)

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