“O maior interessado na verdade sou eu”, disse a Moro
Segundo informações ao Pensa Brasil o ex-presidente Lula teve nesta quarta-feira o primeiro contato com o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba. Arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha na ação penal em que o peemedebista é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o ex-presidente foi à sede da Justiça Federal em São Bernardo do Campo (SP), cidade onde mora, e prestou depoimento por videoconferência. aqui
Antes de começar a ser inquirido, Lula relatou ter sido orientado por seus advogados de que poderia se calar, mas que fazia questão de responder. “O maior interessado na verdade sou eu”, disse a Moro. O petista é réu na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Só tem uma exigência feita para indicar: que a pessoa seja tecnicamente competente. Que a pessoa tenha conhecimento da atividade que vai fazer
Nos cerca de dez minutos de sua oitiva, o ex-presidente negou ter conhecimento da influência de Cunha na Petrobras e na compra pela estatal de um campo de petróleo no Benin, na África. Preso em Curitiba há mais de um mês, o ex-presidente da Câmara é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido 5 milhões de dólares na transação. Cunha acompanhou a oitiva de Lula ao lado de seu advogado, Marlus Arns.
Embora a Operação Lava Jato tenha comprovado a lógica do esquema de corrupção na Petrobras, de troca de sustentação política a diretores da estatal por propina a partidos, Lula descreveu o processo de nomeação à cúpula da petrolífera e garantiu que o único quesito levado em conta nas nomeações eram as credenciais técnicas dos indicados.
“Só tem uma exigência feita para indicar: que a pessoa seja tecnicamente competente. Que a pessoa tenha conhecimento da atividade que vai fazer. E todos eles foram indicados, são pessoas que tem competência e historia dentro da Petrobras”, disse o ex-presidente, ao explicar como se deu a indicação, pelo PMDB, do ex-diretor da área Internacional da Petrobras e delator da Lava Jato Nestor Cerveró.
(Via Redação)