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IMPRESSIONANTE – Algumas das experiências mais cruéis e horripilantes já feitas, veja…

O romance “Frankenstein” de Mary Shelley, de 1818, é muitas vezes visto como um retrato dos medos modernos: a busca pelo conhecimento científico e pela verdade cruzando fronteiras morais e éticas. aqui

Embora essas experiências quebrem alguns padrões éticos, em algum nível, elas ainda ajudaram a elevar o conhecimento no campo da Biomedicina.

Existem diversos relatos de experiências cruéis ao longo da história da humanidade, reunimos algumas das mais bizarras.

Transformar um gato em um telefone

Em 1929, muito tempo antes da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), os pesquisadores Ernest Glen Wever e Charles Bray conseguiram transformar um gato vivo em um walkie-talkie.

Depois de remover um pedaço do crânio do gato, ligaram um eletrodo ao nervo auditivo direito do animal e outro ao seu corpo. Os eletrodos foram ligados por um cabo de 18 metros a um amplificador em uma sala à prova de som. Quando um dos pesquisadores falava na orelha do gato, o som podia ser ouvido pelo receptor.

O estudo dos pesquisadores concluiu que “A mensagem foi transmitida com grande fidelidade. Comandos simples, contagem e similares foram facilmente recebidos. De fato, em boas condições o sistema foi empregado como um meio de comunicação […]”. Eles, então, mataram o gato e tentaram de novo, mas constataram que gatos mortos não poderiam ser telefones.

O cirurgião soviético e seu “cachorro de duas cabeças”

Nascido em 1918, logo após a Revolução Russa, Vladimir Demikhov foi um cientista soviético que realizou experimentos de transplantes em animais entre as décadas de 1930 e 1960. Embora agora seja considerado pioneiro, seus experimentos terríveis em cães deixaram uma mancha em sua reputação. Dentre os destaques, está a tentativa de juntar dois cães cirurgicamente.

Em seu experimento, ele costurou os antebraços e a cabeça de um pequeno cão de 9 anos de idade chamado Shavka a um cão maior chamado Brodyaga, que significa “Vagabundo”. A operação cortou a veia jugular, aorta e também a coluna vertebral de Shavka. Em seguida, Vladimir juntou o sistema circulatório do cão Shavka ao corpo do cão Brodyaga. A experiência deu certo, as duas cabeças podiam comer e beber separadamente, embora os cães tenham morrido quatro dias depois. No entanto, Demikhov tentou essa experiência dezenas e dezenas de vezes.

Uma revista norte-americana relatou essa história em 1959 dizendo que “Os russos que criaram o cão de duas cabeças estão agora considerando um transplante humano: colocar uma nova perna em uma mulher que perdeu o membro em um acidente”. Não se acredita que esta operação tenha ido adiante. No entanto, em seu tempo, Demikhov também realizou transplantes em humanos.

Reconstruções faciais de feridos na Primeira Guerra Mundial

A história da cirurgia, no entanto, não é toda manchada: durante e após a Primeira Guerra Mundial, pelo menos 3.000 soldados foram submetidos a cirurgias no Queen’s Hospital. Embora visualmente chocantes, essas operações foram verdadeiramente notáveis à época.

O trabalho de Dr. Harold Gillies é o melhor exemplo documentado. Seu livro Plastic Surgery of the Face está disponível on-line gratuitamente no archive.org. Um de seus feitos mais impressionantes foi a cirurgia do tenente William Spreckley, que sofreu um grande dano em seu nariz e bochechas após um tiro no rosto em janeiro de 1971.

Dr. Gillies pegou cartilagem da costela do tenente Spreckley e implantou-a na testa. A cartilagem permaneceu lá por seis meses, e em uma operação subsequente, foi transferida e usada para construir um nariz novo. Depois de três anos na guerra, tenente Spreckley foi exonerado em outubro de 1920, com um visual absolutamente notável. Não é nenhuma surpresa que Dr. Gillies seja mencionado frequentemente como o padrinho da cirurgia plástica moderna.

Porcos que brilham no escuro

Há experimentos com plantas e animais geneticamente alterados para brilhar na escuridão, desde galinhas e tabaco, até as cobaias mais utilizadas na Ciência – os ratos. Mas talvez o mais estranho de todos seja o porco que brilha no escuro. Em 2006, cientistas do Departamento de Ciência Animal e Tecnologia da Universidade Nacional de Taiwan acrescentaram informações genéticas de medusas em embriões de suínos.

O experimento resultou em três porcos que brilhavam no escuro em contato com luz verde fluorescente, e os cientistas dizem que os órgãos dos porcos brilhavam também. Não é a primeira vez que os porcos foram alterados assim, no entanto, os cientistas de Taiwan estavam particularmente orgulhosos com sua realização, dizendo que “eles tinham o melhor brilho em porcos escuros já produzidos”.

Os cientistas por trás desses suínos transgênicos enfatizaram que o estudo poderia ser usado para promover a investigação sobre células animais e para entender melhor as doenças humanas, de acordo com a ABC News.

O rato com uma orelha humana

Um rato de laboratório fazia parte de um estudo em 1997, no qual o roedor tinha o que parecia ser uma orelha humana em suas costas. A orelha foi feita com uma estrutura de polímero biodegradável, baseada na de uma criança de três anos de idade. Uma vez sob a pele do rato, a cartilagem foi capaz de crescer na forma de uma orelha usando condrócitos – células de cartilagem bovina.

Tratava-se de uma demonstração de como desenvolver a cartilagem. Entretanto, transformou-se em meme numa era antes dos memes, circulando em correntes pela internet. Uma experiência similar foi conduzida em um estudo de 2013.

Poder e dever

A Ciência e a moral têm um passado conturbado. A questão torna-se ainda mais difícil quando se considera que muitos desses experimentos moralmente dúbios realmente ajudaram a avançar o nosso conhecimento de Medicina, Biologia, Psicologia e Genética. Parece enquanto está tentando melhorar nossa compreensão do mundo, a Ciência pode igualmente testar nossa compreensão moral.

Mesmo agora, numa época em que os transplantes cardíacos não são vistos com ceticismo, certos experimentos ainda podem desafiar nossas mentes e render manchetes. Por exemplo, os planos do neurocirurgião italiano Sergio Canavero para conduzir o primeiro transplante de cabeça do mundo lhes renderam o título na mídia de “Dr. Frankenstein”.

(Via redação)

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