Uma nova disputa no setor elétrico fez com que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tivesse de autorizar um aumento extra de até 8% sobre as contas de luz.
O ajuste começa a valer ainda este mês para 12 distribuidoras de energia, como a Light (RJ), Bandeirante (SP), CPFL Piratininga (SP) e CEEE-D (RS). aqui
Para outras companhias –como a Eletropaulo (SP), Ampla (RJ), Cemig (MG) e CEB (DF)– a tarifa vai subir apenas no próximo ano. Para cada uma dessas empresas, o ajuste será feito ao mesmo tempo da correção anual das tarifas, prevista por calendário fixo da Aneel.
A medida teve de ser aplicada para cumprir uma decisão liminar da Justiça que onera consumidores de todo país ao tempo em que reduz encargos para grandes indústrias.
O processo parte de um pleito da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres). Por meio da associação, grandes indústrias questionam o pagamento de parte dos encargos impostos pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).
No grupo de associados da Abrace estão grandes nomes, como a Ambev, Braskem, Vale, Votorantim, Nestlé, GM e Gerdau.
Especialistas ouvidos pela Folha estimam que a conta em questão envolve o pagamento de R$ 2 bilhões ao ano.
Em julho, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) esteve no Ministério da Fazenda para tentar resolver a questão.
Na oportunidade, o ministro disse que não havia risco de que o montante fosse repassado para a conta do consumidor.