A Câmara dos Deputados, o Senado e o Itamaraty gastam juntos R$ 57,8 mil por mês com aluguel de salas VIPs no aeroporto de Brasília. Os espaços são usados para atender parlamentares, servidores e autoridades estrangeiras em visita ao Brasil.
O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também mantêm salas privativas no aeroporto – o STF diz não ter gasto com o espaço, e o STJ não informou o custo com a sala que utiliza. aqui
A estrutura contempla critérios de conforto e funcionalidade. Algumas salas funcionam 24 horas por dia e têm TV por assinatura, computador, internet, telefone, geladeira, micro-ondas, água, cafezinho e servidores prontos para servir as autoridades. O Senado, por exemplo, disponibiliza sete funcionários para atender parlamentares e convidados da Casa. Um dos servidores tem salário bruto mensal de R$ 31,8 mil (R$ 21,7 mil líquido).
Se forem somados os gastos com funcionários do Senado e da Câmara dos Deputados, o valor é de milhões de reais por ano.
Visto o momento de crise que vivemos no Brasil, é inadmissível manter mordomias como estas enquanto o Poder Público aumenta impostos e dificulta ainda mais a condição de nosso país. Este dinheiro poderia ser aplicado na saúde, educação e obras de infra-estrutura.
A sala exclusiva para senadores e convidados tem 46 m². O Senado gasta R$ 19,8 mil por mês para alugar o espaço e paga pela energia, limpeza e pelas linhas telefônicas. O espaço funciona de segunda a sexta, das 8h às 20h. O contrato com a Inframerica, consórcio que administra o aeroporto, foi firmado em dezembro de 2013 e vale até 2018.
O chamado “ponto de apoio” da Câmara no aeroporto existe desde abril desde 2014. Com 42 m², ele fica ao lado do portão 14 do terminal. A sala é compartilhada com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU). Lá, deputados e convidados têm direito a café, água, sofá, televisão e computador.
A sala do Itamaraty é a maior entre as locadas pelos órgão públicos – tem 117,7 m² e fica no primeiro piso, ao lado do portão de embarque doméstico. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, ela é destinada a receber “autoridades estrangeiras e nacionais em missões oficiais internacionais”.
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