A assessoria informou, ainda, “que até o momento não possui informações sobre o procedimento legal que deu origem à medida coercitiva executada”.
O tenente-coronel Ricardo Rocha, comandante de Policiamento da Capital da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), está entre os alvos da segunda fase da Operação Sexto Mandamento, contra grupos de extermínio, que foi deflagrada da manhã desta sexta-feira (11) pela Polícia Federal. Além dele, outros sete policiais militares foram levados coercitivamente para depor na sede da corporação no Distrito Federal. aqui
Em nota, a assessoria de comunicação da PM-GO confirmou que “oito policiais militares foram conduzidos coercitivamente pela Polícia Federal”. A assessoria informou, ainda, “que até o momento não possui informações sobre o procedimento legal que deu origem à medida coercitiva executada”.
Ao todo, são cumpridos 39 mandados judiciais na operação, sendo três mandados de prisão temporária, 19 mandados de busca e apreensão além de 17 conduções coercitivas contra pessoas investigadas por suspeita de integrar um grupo de extermínio atuante no estado de Goiás. Os mandados são cumpridos em Goiânia, além das cidades goianas de Alvorada do Norte e Formosa.
O G1 também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), nesta manhã, e aguarda posicionamentos sobre a operação.
Sexto Mandamento
A primeira fase da Operação Sexto Mandamento ocorreu em 2011, depois de um ano de investigação. A suspeita é de que o grupo de extermínio tenha feito mais de cem vítimas desde 2010. Entre as vítimas estavam crianças, adolescentes e mulheres sem qualquer envolvimento com crimes.
Na época, 19 policiais militares foram presos, incluindo o tenente-coronel Ricardo Rocha. Ele ficou quatro meses preso e depois passou a atuar na área administrativa da corporação. Em junho deste ano, ele enfrentou um júri popular por um homicídio e foi absolvido.
Em 26 de fevereiro deste ano, Ricardo Rocha assumiu o Comando de Policiamento da capital.Em março, uma ação conjunta da do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) recomendou que o tenente-coronel fosse destituído do cargo, pois responde por crimes e que o cargo deve ser ocupado por “militar que não exponha o Estado de Goiás a eventual novo pedido de federalização julgamento de crimes”.
Porém, na época, o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton (PSDB), afirmou ter “integral confiança no tenente-coronel Ricardo Rocha para exercer o Comando da Capital”.