Luis Inácio Lula da Silva nem esperou a eleição de 2018 e já está de volta ao poder, enquanto Dilma Rousseff faz o caminho inverso, rumo à condição anterior de subalterna do líder e padrinho. O ministério a ser finalmente anunciado hoje é do Lula, não da Dilma, que vai entregando anéis, dedos, mãos e está cada vez mais com a cabeça a prêmio. Ou sofre impeachment pela oposição ou é interditada por Lula e pelo PMDB.
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Dilma anuncia hoje uma reforma ministerial que Lula sugere incansavelmente há meses, mas ela faz com tanto atraso, e num momento tão desfavorável, que o que era para reverter a favor pode se virar contra ela. Amargou durante tanto tempo o ônus das escolhas equivocadas e não consegue agora capitalizar o bônus de estar mudando tudo. O que poderia ter o impacto de um recomeço, é tratado como capitulação. A leitura é óbvia: Dilma não tinha saída e jogou a toalha.